domingo, 1 de abril de 2012

Heleno

Heleno de Freitas nunca ganhou um título pelo Botafogo. Não entendia porque ele era tão importante para o clube. Ao ver o filme entendi o porquê. Pelo mesmo motivo que Vagner Love é tão importante para o Flamengo, mesmo sem título (como flamenguista espero que isso mude logo), Zico, Júnior e tantos outros foram tão importantes para a seleção Brasileira, mesmo sem terem ganho uma copa do mundo. Porque além de jogarem muita bola, ainda jogavam (joga no caso do Love) por amor a camisa que veste e com muita raça.


Heleno era arrogante, egocêntrico e com um péssimo temperamento, mas ver seu amor pelo clube faz ter orgulho de um jogador como ele, e estou falando do Botafogo, time rival do meu, o qual eu não tenho nenhuma simpatia. A cena no vestiário depois de um fracasso profissional é de emocionar qualquer um que goste de futebol e admira jogadores que dão o sangue pelo clube.


Mas o texto (ou pelo menos a intenção do mesmo) é sobre o filme; Que é excelente. Tem uma fotografia impecável, e o preto e branco passa a sensação de que não há muito glamour na vida dele, mesmo nos momentos de auge. É possível sentir que há qualquer momento tudo aquilo vai desabar. Isso se deve também ao grande trabalho de montagem, que passa de um tempo a outro sem que se torne confuso, alternando ao mesmo tempo entre a ascensão e a queda do jogador.


Mas a maior força do filme reside mesmo em Rodrigo Santoro: com uma atuação de craque, o talentoso ator demonstra arrogância, confiança, egocentrismo, mágoa, tristeza, alegria, decepção, raiva e principalmente, amor ao seu time. E todos que gostam de futebol devem admirar isso, não importa o time que torce.


Nota 9,5

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