sábado, 26 de janeiro de 2013

O Lado Bom da Vida


O Lado bom da vida é o terceiro filme da trilogia “se apaixone por mim e me dê um oscar” que conta com “Quem quer ser um milionário?” de 2009 e “ O Discurso do Rei” de 2011, isso é claro falando só dos filmes mais recentes que fizeram sucesso em premiações.

Felizmente porém, aqui as chances de se apaixonar de verdade são enormes, graças ao talento de seu diretor e dos atores que transformam o filme em uma deliciosa e adorável saga pela busca da felicidade.

 Pat Solitano Jr(Bradley Cooper) acabou de sair do sanatório e está disposto a refazer sua vida tentando recuperar sua esposa pra começar; Mas ele conhece a misteriosa e problemática Tiffany (Jennifer Lawrence) e aí a gente já imagina o que pode acontecer né?

Mas apesar de não ser muito original, o filme equilibra muito bem doçura com amargura e logo no início nos sentimos angustiados com o desespero de Pat pra encontrar sua esposa, o que culmina em explosões típicas de seu forte temperamento; Assim como acompanhamos também as manias estranhas de seu pai(Robert de Niro) e as preocupações constantes da mãe(Jacki Weaver). Saindo de sua casa, temos o instável casal de amigos de Pat,  e Tiffany, além de Danny, que conta com a boa e contida atuação de Chris Tucker, apesar do personagem ser descartável.

A força do casal principal é tanta que o filme consegue convencer que Pat resistiria as investidas de Tiffany, mesmo que ela seja a Jennifer Lawrence , e todas as cenas envolvendo ambos é tensa por acharmos que a qualquer momento pode acontecer algo explosivo, e o diretor David o Russel demonstra habilidade ao fazer sua câmera pular rapidamente de rosto de um personagem para o outro, para que sempre possamos perceber a reação que cada um tem quando algo não esperado é dito, e isso não só nas cenas envolvendo Pat e Tiffany, mas em todas as outras. Além disso, todo o filme tem um ritmo ágil que aumenta ainda mais a sensação de importância em tudo que está acontecendo, é como se todos tivessem correndo atrás do que desejam, por mais simples que o desejo possa ser.

Mas como o filme não é perfeito (longe disso até), algumas situações não convencem, como na cena em que Tiffany aparece na casa de Pat e começa a falar um monte de coisas só pra deixar a cena engraçada, e isso gera uma situação um tanto surreal logo depois, que ainda tenta ser o clímax do filme(uma aposta???).

Outro problema do roteiro (spoiler) é que a esposa de Pat só aparece no final do filme, o que leva o público claramente a torcer pra Pat e Tiffany ficarem juntos, já que não só não viu a outra mulher, como ainda sabe que ela o traiu.

Doce, porém convencional, O Lado bom da vida é um belo filme, mas embora seja fácil se apaixonar por ele, não deve ser o grande amor da vida de ninguém.

Mas eu adorei

Nota 8

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Django Livre


Em Bastados Inglórios, Tarantino  usou a 2 guerra mundial como pano de fundo pra criar uma história de vingança contra os nazistas. Dessa vez ele pega outro momento e histórico e vergonhoso (a escravidão no sul dos EUA) pra fazer um filme sobre um escravo que é comprado por um caçador de recompensas que promete alforria-lo, depois que esse o ajude em uma missão.

Sem poupar o público de cenas chocantes quando necessárias, Tarantino  conduz tudo com a segurança habitual, belos enquadramentos e detalhes de sangue sendo respingado, além de claro, contar com os ótimos diálogos de quase todos os seus filmes.

Com ótima atuação do elenco(Christoph Waltz está tão sublime quanto em “Bastados” E Leonardo diCaprio assombra em um papel fora de seus padrões) o filme é quase perfeito.

Mais uma vez com bom humor, violência e respeitando o contexto da época, o diretor cria uma trama fictícia  envolvente, divertida e redentora, daquelas que lavam a alma de quem muito já sofreu na história.
É verdade que as vezes ele exagera, como no zoom rápido na primeira aparição de Dicaprio e em uma cena que surge uma legenda gigante aparentemente sem motivo algum.

Mas se todos os filmes só tivessem esses problemas....

Nota 9,5