domingo, 17 de abril de 2011

Pânico 4

A sequencia inicial de Pânico 4 é brilhante: repleta de piadinhas inteligentes(e atualizadas) e momentos típicos da série, o filme transporta os fãs para os anos 90 e mata saudades. E fato do recurso utilizado na trama inicial não ser uma novidade, acaba ajudando já que também serve para o filme brincar com a situação (“nada surpreende mais”, “essas sequencias não sabem a hora de parar”).

Felizmente o alto nível se mantém e o filme segue com o suspense e as mortes tradicionais e ao mesmo tempo parodiando e homenageando os clássicos de terror sobrando para própria série; Até mesmo a famosa e clichê frase do assassino (qual seu filme de terror favorito?) é alvo de piada quando uma vítima em potencial pergunta se quem fez a ligação não está esquecendo de perguntar nada.

Além disso o filme empalidece a série todo mundo em pânico(que só o primeiro prestava), mostrando que quem faz piadinhas com a série Pânico é a própria série e o filme dentro do filme (Stab) é o lado mais escrachado de tudo.

E ao jogar no filme a ideia de novas regras o filme avisa que vai surpreender, mas como ele mesmo se trata como refilmagem, a surpresa pode vir a ser o que for o mais provável e assim surpreenderia por ser aquilo que todos achariam que era muito óbvio ( a revelação do assassino do primeiro filme fez isso).

E a revelação de quem é o assassino é excelente e seu discurso é bem incômodo e o final estaria perfeito até determinada parte (que acaba se revelando um anti-climax). Depois disso é que o filme tropeça, pois por mais que eu tenha adorado a sequencia final, a verdade é que ela tem tantos absurdos, que pode acabar virando um material pra piadas(mais ainda assim a cena é muito boa).

Pra mim Pânico 4 perde para os dois primeiros porque por melhor que seja, já não tem mais o fator novidade, nem as divertidas e ilógicas regras originais(que funcionavam), e também porque eu não sou mais adolescente: Mas o filme mata saudades e respeita os fãs e a série.

Obrigado Wes Craven, Kevin Williamson, Neve Campbell, Courteney Cox, David Arquette....se sentir no fim dos anos 90 de novo, por 111 minutos foi muito bom.
Nota 8,5

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pânico trilogia

Em 96 quando o primeiro Pânico estreou nos cinemas eu não dei muita bola e também nem sei se eu poderia ter visto, já que só tinha 14 anos(isso entrega a idade). Mas em 97 aluguei o filme e adorei e assim fiquei muito ansioso por suas continuações: me lembro de ir correndo avisar um amigo meu quando vi no jornal que Pânico 2 estava em pré estréia em 99. Aí em 2000 veio o terceiro filme e eu achei que tinha acabo, e agora 11 anos depois me preparo pra ver Pânico 4, com o mesmo amigo de Pânico 2 e um outro que estava em Pânico 3 e pra ver nessas condições ou aguentar esperar até domingo e controlar a ansiedade de quem a essa hora já gostaria de estar assistindo ao filme.

O primeiro é incrível: Mistura humor e terror e ainda brinca com os clichês do gênero, usando todos eles de maneira inteligente em uma mistura de sátira e homenagem a muitos clássicos antigos. E ainda conta com uma homenagem do roteirista ao diretor: o “primeiro a Hora do pesadelo foi assustador, os outros nem tanto” diz a protagonista Sidney. Além disso tem o famoso sobe as escadas quando deveria correr pela porta e as regras do nunca faça sexo, não beba e nem diga volto já..elas não tem a menor lógica, mas sempre acontecem dessa forma mesmo. E  o filme as segue ao mesmo tempo que as satiriza.


O segundo filme é tão brilhante quanto o primeiro e nada melhor que um filme dentro de um filme, falando sobre os acontecimentos do próprio filme que lhe deu origem..em resumo: o filme a Punhalada sobre ao assassinatos ocorridos no filme original é lançado nos cinemas na trama de Pânico 2. Com o mesmo bom humo, e mesmo bom terror e principalmente respeito ao primeiro filme Pânico 2 quebra as regras da sequencia, sendo tão bom ou melhor e quando um personagem diz :Sequencia não presta, é mais uma forma de fazer piada inteligente com o próprio filme.


Mas aí vem o terceiro filme com outro roteirista  que infelizmente se limita a repetir a idéia dos dois primeiros, fazendo um mix dos melhores momentos..Sidney assobrada pelo fantasma da mãe fica chato e a matança no set de a Punhalada já foi vista.

Quanto ao quarto filme, eu não esperava muita coisa, mas os elogios ao filme estão me animando e saber que todo elenco da trilogia e mais o roteirista dos dois primeiros estão de volta, me faz acreditar ainda mais que pode ser um bom filme.....ansioso

Pânico-10
Pânico 2-10
Pânico 3 -5,5

domingo, 10 de abril de 2011

Rio


Não sou de me gabar por morar no Rio de Janeiro e menos ainda de ficar fazendo pouco caso de outras cidades e acho que existem problemas sérios aqui na “cidade maravilhosa”.

Mas visualmente falando, o apelido não é por acaso( e nem mesmo é exagero) já que o Rio de Janeiro tem paisagens de impressionar até os cariocas. Mas será que isso seria suficiente para fazer um filme?

O diretor Carioca Carlos Saldanha e o roteirista Don Rhymer de Vovó...Zona acharam que sim e criaram uma história bem fraquinha . Na trama, Blu, a última arara azul macho (que não sabe voar) vem dos EUA  para o Rio pra encontrar Jade a última arara azul fêmea. Porém eles são vítimas de traficantes de pássaros raros. O filme é um passeio pela cidade e conta com uma monte de situações bobinhas, piadas idems (também é só ver que é o roteirista),personagens que embora carismáticos, não tem lá muita graça(tem até boas piadas aqui e ali, mas...) e um monte de músicas chatinhas que ainda  atrapalham a narrativa.

E como acontece em muitos filmes protagonizados por animais, os personagens humanos são bastante unidimensionais: Ou são muito bons, ou muito maus, ou idiotas e esse último adjetivo se encaixa muito bem pra vários humanos desse filme, e embora cause risada vez ou outra, o fato é que tem momentos que irrita, como na cena em que o casal de donos das araras tenta  entrar no desfile e o homem começa a imitar uma ave como se só assim fosse convencer o segurança a deixá-los entrar.

Porém visualmente o filme é arrebatador; toda a parte técnica é impecável; Minha única reclamação é que o jogo de futebol visto no filme, jamais parece de verdade e sim um videogame, mas nada que comprometa.  A direção de Saldanha consegue valorizar toda a beleza da cidade, principalmente com suas tomadas aéreas já que a cidade vista de cima é ainda mais bonita.  Além  disso, mostrar boa parte das cenas no alto do ponto de vista de Blu me parece um grande acerto já que nos dá uma boa noção da altura e de que seria fatal se uma arara que não voa caísse de lá. Por outro lado os cartões postais da cidade são mostrados sem que na maioria das vezes sirvam para a história e como bem observou o crítico Pablo Villaça em sua análise, é demais aceitar que pra se chegar a um aeroporto clandestino tenha que se atravessar um desfile da escola de samba(eu nem tinha me tocado dessa falta de lógica).

A verdade é que por eu morar no Rio, o filme me impressionou mais, já que conheço muito do que foi mostrado, assim sendo fiquei impressionado com as ruas de Santa Teresa, a favela, e como sou fã de desfile Pde escolas de samba a cena na Sapucaí também me chamou muita atenção, além de claro o Cristo e o pão de Açúcar. O realismo do desenho me encantou. Se o filme se passasse em um lugar que eu não conheço, eu não teria como associar os pontos turísticos, com a realidade.

Um filme bonito de se ver, mas sem criatividade, mas eu não esperava muita coisa da equipe que criou o esquilo Scratch( A Era do Gelo) e ao perceberem o quanto ele era engraçadinho ,  repetiram diversas vezes as mesmas piadas por mais dois filmes.

Nota 6,5