quarta-feira, 27 de março de 2013

Uma garrafa no mar de gaza


Uma cafeteria explode em Israel: Uma mulher que ia se casar no dia seguinte morre; Ela é apenas mais uma das milhares de vítimas que o “eterno” conflito entre Israel e Palestina causa. Sem se conformar com essa situação, Tal, uma francesa que vive em Jerusalém, decide escrever uma carta, colocar em uma garrafa e jogar no mar, na esperança de que alguém do outro lado a encontre e possa explica-la o porquê de tudo isso. 
Um grupo de palestinos acha a garrafa e um deles decide escrever pra ela através  do email que tinha no bilhete e assim ambos começam a trocar emails escondidos, já que seria inadmissível que qualquer pessoa mantivesse contato com o lado rival.
Um dos méritos do filme é ter uma protagonista francesa, pois já que não foi criada naquela região, ela não entende essa forma de viver com medo, já que isso não é uma vida normal : Enquanto isso, todos que foram criados alí tratam essa realidade como algo absolutamente comum e sendo assim é triste quando Tal diz que está chocada, pois está se acostumando com toda essa violência.
O roteiro do filme acerta também em não levantar bandeiras e nem querer que o público a faça; Não existem culpados no filme, e sim conflitos com inocentes morrendo o tempo todo. Já o diretor filma um momento espetacular em que todos estão dentro de uma casa e começam a ouvir o barulho de um bombardeio, e ao optar por não mostrar onde as bombas estão caindo, o público fica apreensivo ao saber que a qualquer momento a casa pode explodir.
Assim como a protagonista a gente sai do cinema se perguntando porque toda essa guerra e infelizmente não creio que alguém possa dar uma resposta que a justifique.
Nada espetacular, mas um belo filme.
Nota-8