segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Milenniun-os Homens que não amavam as mulheres

Essa onda dos americanos refilmarem filmes de sucesso de outros países não me agrada. Porém incomoda bem menos quando na verdade é uma outra adaptação de um mesmo livro, o que é o caso desse Milennium- os Homens que não amavam as mulheres.

Na trama; um jornalista depois de escrever uma polêmica matéria sobre um empresário acaba se afastando da revista e é contratado por um milionário, pra escrever uma biografia, mas na verdade o que é contratante quer é que o jornalista investigue o desaparecimento de sua sobrinha há mais de 40 anos. Assim ele fica trabalhando e pesquisando na ilha onde mora toda a família do milionário, onde algumas pessoas têm segredos terríveis e passados nazistas. Paralelo a isso (mas nem tanto), o filme acompanha a conturbada vida de uma habilidosa e problemática Hacker.

Sempre interessante, mas nunca brilhante, a trama não apresenta novidades e ainda se prolonga mais que o necessário. Mas como uma trama excelente, também não garante um filme excelente, uma trama mediana também pode render um filme bem mais que isso.

Muito disso graças as atuações, com destaque para Rooney Mara que mesmo tendo uma personagem sempre durona(Lisbeth) consegue , transmitir emoção, tristeza e afeto quando é preciso, o que a torna a mais interessante do filme. E seu visual clichê poderia ser um ponto negativo, mas como o trabalho que ela faz não seria o esperado pra alguém com o visual em questão, acaba sendo diferente.
Além dos atores, a fotografia, a direção de arte e a trilha sonora merecem todos os elogios possíveis.
Mais acima de tudo está o comandante da obra. A direção de David Fincher é algo impressionante. Sempre mostrando habilidade no uso da câmera, ele usa movimentos elegantes e que valorizam toda a situação que quer mostrar, sem nunca parecer apenas exibicionismo. A cena que dá um close na bolsa de Lisbeth, se revela genial quando aquilo é explicado(mas confesso que desconfiei do que se tratava). Assim como em uma cena onde o protagonista do filme sente que está sendo perseguido dentro de uma casa.

Fincher transforma uma trama apenas ok em um filmão de suspense envolvente e que não utiliza os famosos sustos fáceis, daqueles que dependem da trilha sonora. E eu como tenho lido muitos livros da escritora Agatha Christie, saí do cinema com a vontade de que Fincher pegasse toda a sua obra e adaptasse para o cinema.

Nota -8

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