quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cavalo de guerra

Alguns filmes de Steven Spielberg marcaram a minha infância: Hook: a volta do capitão gancho, ET, Parques dos dinossauros. Além disso ele é produtor de Os Goonies. E lamento que eu não tenha descoberto a série Indiana Jones enquanto ainda era criança. Quando cresci passei a gostar bem mais do diretor quando ele fazia projetos que valorizavam a fantasia e/ou a diversão, ao invés de seus filmes políticos e/ou de guerra e com muita drama, uma vez que o estilo sentimental do diretor é exagerado. Sendo assim duvidei muito que este Cavalo de guerra pudesse me empolgar.

E não empolgou mesmo, mas também não foi a tortura que eu esperava. O resultado é apenas insosso na maior parte do tempo com um momento bonitinho aqui e a ali.
O maior problema do filme é:  Porque que o tal cavalo é tão importante? Todos parecem adora-lo, mesmo sem conhecê-lo, a começar pela cena em que ele é comprado que não tem a menor lógica(na verdade é absurda), aliás, tem sim, tem a lógica de que a partir daquele ponto o cavalo vai passando por vários donos e conquistando o coração de todos.

Sem desenvolver qualquer um dos personagens para que possamos nos importar com algum deles, o filme parece mesmo interessado na saga do cavalo, que por sua vez tem seu grande momento na  cena envolvendo arames farpados. Na sequencia porém vemos uma cena que e até bonita, mas irreal demais pra que possa comover, afinal é preciso acreditar numa bondade infinita do ser humano para que se possa acreditar que o combate pararia para que pudessem tratar de um cavalo completamente desconhecido por todos ali.

Cenas irreais, aliás, são muito presentes no filme: além dessa última citada há a também  já mencionada compra do cavalo que faz uma rima com um outro momento absurdo no final, que mais uma vez teríamos que acreditar em uma bondade divina pra levar a cena a sério.

No fim das contas é só um filme de guerra, no qual um cavalo cruza a batalha, mas sem cenas fortes e com um final mais do que esperado e que ainda tenta o tempo todo emocionar o público o tempo todo. Eu particularmente, não derramei nenhuma lágrima, e como eu me emocionar é algo que acontece relativamente fácil, na minha opinião o filme é um fracasso nos seus principais objetivos.
Nota -5,5

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