terça-feira, 1 de novembro de 2011

Contágio

Steven Soderbergh deve ser muito gente boa: ele consegue trabalhar com uma quantidade incrível de atores famosos. Pra se ter uma idéia, Julia Robert no auge de sua carreira disse que ficou perturbando ele para trabalhar em Traffic, e como o diretor não tinha papel pra ela, escalou -a em 11 homens e um segredo. O Oscar da atriz, aliás, foi ganho por um filme dele.(Erin Brockovich). Em Contágio tem mais uma grande quantidade de atores famosos incluindo aí Kate Winslet que tinha sumido depois de ganhar um Oscar pelo conjunto da obra em 2009(oficialmente ela venceu por “O Leitor”).

Ter muitos rostos conhecidos é uma grande vantagem para o filme, uma vez que o público se identifica mais fácil com rostos conhecidos e ver que um desses personagens morre logo no início faz com que percebamos que os personagens principais não vão necessariamente sobreviver como na maioria dos filmes catástrofes.

A história de um vírus  que vai se espalhando rapidamente poderia render um filme bem pipoca com muitos efeitos especiais, mas Soderbergh evita isso e faz discussões políticas e levanta questões de quem lucra e quem perde com epidemias.

Mesmo sem nunca ser genial, Contágio é ágil, dinâmico e parece bem mais curto do que é (bom sinal) e seus atores desempenham bem seus papéis, mesmo que sem brilharem, já que não há muito tempo pra isso (Matt Damon é o melhor aqui), já que com diversos personagens, eles não são tão desenvolvidos e assim, muitos não aparecem tanto.

Infelizmente a cena final parece mais um erro de montagem, mas é apenas a opção equivocada do filme pra gerar um clímax, o que se torna um erro já que aquela altura, a explicação fornecida já havia se tornado desnecessária.

Obs: pra quem em 2009 teve alguma pessoa próxima, que ficava neurótica com a gripe suína o filme se torna uma experiência mais tensa.

Nota-7,5

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