sábado, 28 de junho de 2014

O Grande Hotel Budapeste

Muitos diretores tem um estilo muito próprio em seus filmes, e nenhum deles é mais fácil de reconhecer do que o de Wes Anderson. Sua forma de dirigir não agrada a todo mundo e eu mesmo confesso que não sou o maior fã e isso me impediu de adorar(porém gosto de)  Moonrise Kingdom e Os excêntricos tenabaums .
Porém nesse novo filme, seu estilo tão peculiar parece ser fundamental para dar ao seu filme um tom que beira o surrealismo.

Na trama, um escritor começa a contar a história de sua estadia no outrora deslumbrante Hotel Budapeste,(mas que agora tem poucos hóspede)e assim, ele logo conhece um senhor que vive isolado quando visita o hotel. Não demora muito pra que ele descubra que se trata do dono do hotel que resolver lhe contar como ele conseguiu tal proeza.

Funcionando como uma versão  bem mais inteligente e interessante do bonitinho mais ordinário “Quem quer ser um milionário ?”, a trama é um prato cheio para os atores brilharem e se divertirem em seus papéis estranhos, ajudado por  maquiagens impecáveis com destaque para a de Tilda Swinton que  deixa a grande atriz irreconhecível.

Além disso, o filme tem um humor extraído de diálogos brilhantes e até mesmo de situações violentas que não deixam nada a dever a um filme dor irmãos coens por exemplo.

E se a excelente trama merece destaque, creio que isso se deve muito também  a direção de arte que cria os cenários mais inusitados para as situações, e reparem na diferença do hotel na sua época de luxo e na sua época de abandono pra perceber o grande trabalho que foi feito nesse sentido.

E pra completar a trilha sonora é um achado.

Um filme absolutamente brilhante em que tudo funciona perfeitamente bem.


Nota-9,5

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