Mesmo não conhecendo os gibis, o universo dos X-men é algo
que me encanta. Toda a questão envolvendo o medo e/ou preconceito que as
pessoas sentem em relação aos que são “diferentes” me interessa bastante. A
questão da cura apresentada no terceiro filme da série também é algo que adoro.
Será que é justo condenar os que querem ser “curar” e admirar os que querem ser
aceitos assim?
Dito isso, esse “Wolverine-Imortal” incomoda muito ao abrir
mão de toda a complexidade dos mutantes para ser apenas um filme de ação, e
ainda que seja coerente dentro de toda a série, a verdade é que o resultado
final é um mergulho muito raso em um “mar” tão profundo.
Na trama, Logan que tem mais pesadelos do que o pessoal dos
filmes do Freddy Krueger(mas é ele
que tem a garra) é chamado ao Japão para que um homem que ele salvou a vida,
lhe faça uma proposta: A mortalidade; Que pode livrar o mutante da dor, já que
ele continua sofrendo pela morte de Jean. Mas aí o homem morre e Logan tem que
proteger sua neta que vai ser perseguida o filme inteiro por homens maus. Assim
o famoso Wolverine(que logo de cara
parece o Jean Valjean de “Os Miseráveis”)
vira um guarda costa.
Mas se assumindo como um filme de ação, o longa funciona. O
roteiro, apesar de exagerar nas sequencias de pesadelos e flashbacks, consegue
convencer bem em cada reviravolta do filme e se pensarmos nelas, veremos que
teve pistas importantes pra essas surpresas. Além disso, as sacadas
engraçadinhas do sempre ótimo Hugh Jackman é outro ponto positivo. E o que
dizer da hilária cena no motel? ou da cena que ele encontra o noivo de sua nova
protegida? Sim, o filme tem bons momentos.
Mas ainda que funcione como filme de ação, não deixa de ser decepcionante,
e mesmo que a história do filme seja boa, a gente só descobre isso bem depois
da metade do filme.
Bem melhor que o horroroso filme de 2009, mas longe de ser
comparado aos 3 primeiros e ao “Primeira classe”. No fim, é um bom filme, mas
não é um bom filme dos X-men.
OBS: A cena pós créditos é sensacional.
Nota 6,5
Penso a mesma coisa. Tem seus momentos, mas está muito longe de ser brilhante.
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