Assim como a
nova trilogia do Batman, esse novo Superman se propõem a contar uma história e não apenas repetir o
que já foi visto em filme(s)anterior(es), o que já o torna anos-luz melhor que
o patético “Espetacular Homem Aranha” que se limitava a contar a mesma história
do filme do aracnídeo de 2002 com semelhanças inacreditáveis pra quem não se
assume como remake. E se quando eu era criança, isso me divertiu em “Esqueceram
de Mim”, agora que sou um pouquinho mais velho(só um pouco) isso me incomodou
muito.
Um dos
responsáveis pelo filme é Cristopher Nolan,que é um dos diretores da nova
geração mais adorado de Hollywood (e um dos meu ídolos) que pelo visto virou
também o queridinho da DC Comics(diretor e roteirista dos novos Batmans) e aqui
assina como produtor e criador da história ao lado do roteirista David s Goyer.
Começando
com uma longa sequencia em Krypton, o filme mostra que o planeta está passando
por conflitos políticos fortes e pode ser destruído, e assim Jor –El decide
enviar seu filho Kal-El,recém nascido ,para
a Terra que é um planeta onde “aparentemente tem vida inteligente”(gostei dessa
frase).Na Terra vemos Kal-El(agora chamado
de Clark) tendo que lidar com seus poderes e ao mesmo tempo esconde-los da humanidade.
Dito isso, é claro que vão surgir
situações em que ele precisa controlar seus impulsos e não demonstrar o poder que possui, como a já batida situação
de sofrer humilhações de “colegas” de escola, assim como também vão surgir
momento em que ele precisará usar o poder pra salvar pessoas.
Com tudo isso, o filme demora pra dizer ao
público qual é o verdadeiro objetivo do vilão do filme, o que não é
necessariamente um defeito, já que desde o início a gente percebe que o filme
vai focar nos personagens sem apresentá-los superficiamente, assim até mesmo a
Louis Lane vivida por Amy Adams ganha uma importância maior do que eu imaginava,
e ela acaba sendo uma personagem interessante graças ao charme e talento da
atriz. Aliás ela o Clark forma um casal simpático já que Henry Cavill também é
carismático e te boa atuação. Já o vilão Zod, me parece mais uma caricatura
vivida por um Michael Shannon que é especialista em personagens perturbados. Em
papéis menores, mas importantes, Kevin
Costner e Diane Lane tem ótimas atuações.
Mas é no ponto de revelação do motivo do
vilão, que o filme começa a desabar. Se os efeitos especiais já estavam me
incomodando logo de cara, o que se vê na segunda metade do filme é de fazer
parecer que Michael Bay dirigiu o longa. Explosões, correrias, efeitos
especiais em uma quantidade inacreditável e exagerada, que torna tudo
cansativo, e sendo assim as qualidades não técnicas do filme acabam soterradas
em alguns dos escombros de alguma das 500 coisas que foram para o chão.
E pra piorar o filme ainda tem alguns
diálogos constrangedores como por exemplo: “dizem que depois do primeiro beijo
é só ladeira abaixo...Resposta: isso só vale se você beijar um humano”.
E já bem no final confesso que soou um
tanto artificial ver Superman desesperado por conta de algumas possíveis
vítimas que Zod pretendia fazer, uma vez que certamente houve muito mais
vítimas em todos os prédios que explodiram nas cenas de luta.
O filme não é ruim e ganha de lavada do pavoroso
longa de 2006, mas isso não o torna mais do que um passatempo descartável que diverte
bem pouco.
Nota-5,5
Nenhum comentário:
Postar um comentário