quinta-feira, 18 de julho de 2013

O Homem de Aço


Assim como a nova trilogia do Batman, esse novo Superman se propõem  a contar uma história e não apenas repetir o que já foi visto em filme(s)anterior(es), o que já o torna anos-luz melhor que o patético “Espetacular Homem Aranha” que se limitava a contar a mesma história do filme do aracnídeo de 2002 com semelhanças inacreditáveis pra quem não se assume como remake. E se quando eu era criança, isso me divertiu em “Esqueceram de Mim”, agora que sou um pouquinho mais velho(só um pouco) isso me incomodou muito.

Um dos responsáveis pelo filme é Cristopher Nolan,que é um dos diretores da nova geração mais adorado de Hollywood (e um dos meu ídolos) que pelo visto virou também o queridinho da DC Comics(diretor e roteirista dos novos Batmans) e aqui assina como produtor e criador da história ao lado do roteirista David s Goyer.

Começando com uma longa sequencia em Krypton, o filme mostra que o planeta está passando por conflitos políticos fortes e pode ser destruído, e assim Jor –El decide enviar seu filho  Kal-El,recém nascido ,para a Terra que é um planeta onde “aparentemente tem vida inteligente”(gostei dessa frase).Na Terra vemos Kal-El(agora chamado de Clark) tendo que lidar com seus poderes e ao mesmo tempo esconde-los da humanidade.

Dito isso, é claro que vão surgir situações em que ele precisa controlar seus impulsos e não demonstrar  o poder que possui, como a já batida situação de sofrer humilhações de “colegas” de escola, assim como também vão surgir momento em que ele precisará usar o poder pra salvar pessoas.
Com tudo isso, o filme demora pra dizer ao público qual é o verdadeiro objetivo do vilão do filme, o que não é necessariamente um defeito, já que desde o início a gente percebe que o filme vai focar nos personagens sem apresentá-los superficiamente, assim até mesmo a Louis Lane vivida por Amy Adams ganha uma importância maior do que eu imaginava, e ela acaba sendo uma personagem interessante graças ao charme e talento da atriz. Aliás ela o Clark forma um casal simpático já que Henry Cavill também é carismático e te boa atuação. Já o vilão Zod, me parece mais uma caricatura vivida por um Michael Shannon que é especialista em personagens perturbados. Em papéis menores, mas importantes,  Kevin Costner e Diane Lane tem ótimas atuações.

Mas é no ponto de revelação do motivo do vilão, que o filme começa a desabar. Se os efeitos especiais já estavam me incomodando logo de cara, o que se vê na segunda metade do filme é de fazer parecer que Michael Bay dirigiu o longa. Explosões, correrias, efeitos especiais em uma quantidade inacreditável e exagerada, que torna tudo cansativo, e sendo assim as qualidades não técnicas do filme acabam soterradas em alguns dos escombros de alguma das 500 coisas que foram para o chão.
E pra piorar o filme ainda tem alguns diálogos constrangedores como por exemplo: “dizem que depois do primeiro beijo é só ladeira abaixo...Resposta: isso só vale se você beijar um humano”.

E já bem no final confesso que soou um tanto artificial ver Superman desesperado por conta de algumas possíveis vítimas que Zod pretendia fazer, uma vez que certamente houve muito mais vítimas em todos os prédios que explodiram nas cenas de luta.

O  filme não é ruim e ganha de lavada do pavoroso longa de 2006, mas isso não o torna mais do que um passatempo descartável que diverte bem pouco.

Nota-5,5

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