segunda-feira, 10 de junho de 2013

Depois da Terra

Will Smith é um cara egocêntrico e agora está tentando impulsionar a carreira do filho no cinema; Assim sendo, ele pegou uma história dele mesmo e junto com sua esposa e seu cunhado, produziram o filme para que seu garoto estrelasse. E se muita gente já torceu o nariz pra esse fato, imagina quando dirigindo o filme está ninguém menos que o também egocêntrico Shyamalan. Pronto; Tem se o filme perfeito pra crítica odiar.


Mas ainda que eu goste do diretor, o fato é que dessa vez eu concordo com as críticas negativas, Depois da Terra, nada mais é que um veículo dos Smiths, o que não seria problema se o resultado fosse bom, mas a verdade é que até dizer que é ruim já parece um elogio.

A péssima história nos diz que a terra deixou der ser um planeta habitável, e assim os humanos vivem em uma colônia, até que um dia a nave do comandante(vivido por Smith) cai na terra e ele e seu filho são os únicos sobreviventes, porém ele com as duas pernas quebradas fica na nave enquanto seu filho tenta recuperar o localizador da nave que sumiu junto com a cauda por todo o planeta que agora é habitado por seres que evoluíram pra matar humanos. O que também se perdeu pela terra foi a ursa, que é uma espécie de monstro que fareja o medo.

Porque isso se passa na Terra eu não tenho a menor ideia, mas ok, a gente aceita. O que é difícil aceitar é o fato que mesmo deixando seu filho “atuar”, o Smith pai não consegue deixar de aparecer e assim ele fica na nave o tempo todo monitorando o moleque lá fora, avisando dos perigos e dizendo frases cheia de significados vazios. E com isso ainda tira qualquer possibilidade de um susto já que sabemos cada perigo que o garoto vai enfrentar nessa terra. Tudo isso pra encher linguiça (e pra Will aparecer mais) e disfarçar o fato de que não tem quase nada acontecendo.

E se a história já um tanto ruim, o roteiro ainda piora com diálogos pavorosos como: “Minha roupa ficou preta, eu gostei, mas acho que isso não é bom” ele não precisa de um comandante, precisa de um pai”  “ O perigo é real, o medo é uma escolha”; Essa última aliás está no cartaz do filme porque alguém achou que isso era legal.

E como já havia demonstrado em “O último mestre do Ar” Shyamalan confirma que não tem nenhuma habilidade pra dirigir cenas de ação e que só não são impossíveis de serem entendidas porque raramente tem mais de dois seres vivos em cena. O forte dele é suspense, mas o estúpido roteiro(que ele escreveu também) sabota qualquer tentativa de se criar alguma tensão.
Além disso, o efeitos especiais parecem um tanto ruins e a terra jamais parece tão ameaçadora.

Falho também ao tentar criar um drama familiar com personagens que a gente torce pra ser devorado pelos monstros, Depois da Terra é forte candidato a pior filme do ano e Shyamalan parte filme pra mais um troféu framboesa; E dessa vez, nem mesmo eu(que gosto de A Dama na Água e Fim dos Tempos) irei achar injusto.


Nota 3

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