terça-feira, 4 de outubro de 2011

Amizade Colorida


O tema anti machista de que uma mulher pode querer fazer sexo sem se envolver já havia sido explorado no divertido  “Abaixo o amor” em 2003. Agora 8 anos depois três filmes com esse tema chegaram ao cinema. O ótimo “Amor e outras drogas”, o ruim Sexo sem compromisso” e agora esse “Amizade Colorida”.

Sem ter muito como fugir dos clichês do gênero, o filme resolve brincar com todos eles e faz de comédias românticas, e porque não, da vida real? ,uma espécie de alvo desde a ótima primeira sequencia, que contando com uma montagem digna de Oscar mostra dois casais se encontrando. Aí temos a mocinha que acredita no amor porque nos filmes ele sempre é possível (ela está na porta do cinema para assistir de novo “Uma linda mulher”. O homem que termina o namoro e diz que a culpa é dele e que ela merece alguém melhor, e claro, o famoso “podemos ser amigos?”.

Mas não é só isso; em um momento alguém pergunta porque todo filme romântico tem que ter uma música chata e a resposta é: pra podermos saber o que temos que sentir na cena. E o que dizer da brincadeira de que quando se beija alguém que se gosta, o mundo para?

Adotando o sexo só por atração o casal do filme é exposto a situações hilárias durante suas transas, e saber que tudo aquilo pode ser verdade deixa ainda melhor as cenas.

Mas a grande força do filme está mesmo em Mila Kunis e Justin Timberlake; Com uma química irresistível, os atores não só são bonitos, como atuam muito bem, conseguindo serem ao mesmo tempo confiantes e inseguros e expõem suas vulnerabilidades sem perderem o charme e a graça(a última frase foi tirada do texto da crítica da Movie Emporium, mas se referia só a atriz). E no elenco coadjuvante também há ótimas atuações, principalmente de Patricia Clarkson.

Infelizmente na segunda metade, o filme acaba indo pelo caminho já esperado, e a sensação de que faltou originalidade acaba não sendo mais disfarçada. Resultado: Um filme divertido, sexy, charmoso, com ótimos diálogos; mas que acabou não rendendo todo o potencial que tinha.

Nota 8,5

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