Já no início, Dançando o escuro causa incômodo por não conseguir enquadrar direito nenhum dos personagens, um erro na direção de Lars Von Trier. E Se isso foi a intenção dele, não me parece ter tido propósito algum pra o filme. É claro que os defensores vão dizer que é uma relação com a falta de visão nítida de uma personagem que está ficando cega, mas eu discordo, afinal a falta de clareza nas cenas não se dá apenas quando é ela que está vendo alguma coisa. E ao longo do filme essa questão acontece mais algumas vezes.
Felizmente Lars compensa essas falhas, extraindo imagens belíssimas de cada número musical, achando o ponto de equilíbrio entre beleza e tristeza.
Na trama, Selma (Björk) é uma mulher que está ficando cega e sabendo que o mesmo vai acontecer com o seu filho, ela trabalha duro e economiza pra que possa pagar uma cirurgia pra ele. mas um acontecimento inesperado pode alterar os seus planos.
O roteiro é tão bom, que faz com que não soe estranho cada vez que a história é interrompida por um número musical, pelo contrário, é até agradável quando isso acontece, já que dar uma quebrada no clima pesado do filme, afinal Selma é Amante de filmes musicais, e sempre se refugia dos momentos críticos, imaginando belas cenas musicais em sua vida. E muitas delas são emocionantes.
Mas nada disso teria tanta força se não fosse a grande atuação da cantora Björk. Ela mantém uma expressão triste, porém otimista das coisas e seu simples sorriso cativa ao passo que sua tristeza emociona.
Lars von trier, até comete algumas falhas na direção com as que citei no início, mas no geral faz um bom trabalho, e com a força do roteiro e das atuações, o resultado final é um grande e emocionante filme.
Nota 9
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