segunda-feira, 27 de março de 2017

Fragmentado

Esse texto foi bastante inspirado na critica do Pablo Villaça que conseguiu botar em palavras tudo que havia me incomodado no filme.
http://cinemaemcena.com.br/critica/filme/8357/fragmentado



Até 2008 eu era fã de Shyamalan. Adoro Fim dos Tempos(sério) e gostava de Dama na água. O único filme dele que não gostava era a Vila e mesmo assim acho bem dirigido.

Infelizmente de lá pra cá minha admiração por ele só desabou. Revi a Dama na Água e detestei e não gostei de mais nenhum dos filmes que ele dirigiu desde então. Nem mesmo dos elogiados a Visita e desse Fragmentado.
Na trama um homem de 23 personalidades ( e a vigésima quarta vem vindo por aí) sequestra 3 meninas e as mantém em cativeiro enquanto nas horas vagas conversa com sua psicóloga.
A cena do sequestro já é absurda, já que uma das meninas viu o sequestrador e o ignora (e ele a princípio faz o mesmo)e ao ver como a menina se comporta ao logo do filme, fica claro que aquilo não faz sentido. Mas como já mostrou outras vezes, Shyamalan não se importa que as coisas não façam sentido, desde que o suspense seja criado.

E porque ele precisa ter 23 personalidades se apenas 5 aparecem no filme? É só pro personagem parecer mais complexo? E como não sou médico, não vou nem entrar no mérito de achar que tudo aquilo não faz sentido algum; e sim, eu sei que um filme não precisa ser uma prescrição médica, mas você imagina uma filme de tribunal em que o advogado esteja de bermuda, chinelo e camiseta? Se o filme parte de uma situação real(no caso uma doença), algumas regras devem ser respeitadas né?(aliás já entrei no mérito)

Já no cativeiro, há momentos tensos, já que o diretor é bom nisso e a ótima dinâmica entre uma ótima Anya Taylor Joy e um impecável James Mc Avoy, faz com que tudo pareça real.  porém as conversas dele com a psicóloga parecem fugir de qualquer realidade e bom senso, além de serem extremamente chatas.
E que mania irritante o diretor tem de exigir que seus atores falem pausadamente como se tudo fosse a coisa mais importante do mundo
Spoilers a partir daqui.
O recurso do Flashback sobre a mocinha, parece uma tentativa forçada de explicar, porque o sequestrador vai salvar uma de suas vítimas(as outras duas nem precisavam estar no filme) e o motivo pra isso parece um tanto ridículo principalmente porque ele não fazia ideia dos motivos que levaram a menina  ter marcas. Por outro lado o flashback que diz respeito ao sequestrador funciona melhor e gostei do recurso de se dizer o nome verdadeiro do mesmo.

Mas no geral, é um filme pretensioso como seu diretor e bastante cansativo.

Shyamalan deveria dirigir Emma Watson em algum filme. Ele acha que tudo que ele escreve é genial. Ela acha que todos os textos que ela diz são geniais.
Química perfeita.

Nota 4



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