Danny
Boylle é um diretor cheio de estilo, o qual não me agrada nem um pouco; Mesmo
os seus filmes que gosto, tem momentos incômodos. Quase sempre me parece que
ele está tentando disfarçar o pouco conteúdo de suas obras, e nesse “Em transe”
não só tem esse estilo, como também tem muita pretensão.
Na trama , uma casa de leilões tem um quadro valioso roubado e a
única pessoa que sabe onde o quando está, perdeu a memória e precisa recorrer a
hipnose. E assim, sonho e realidade se confundem e coisas são plantadas e
retiradas de sonhos (alguém pensou em A origem?).
E começa o previsível: Tiros, correrias, música, montagem
acelerada, tudo pra causar a sensação de que algo urgente está ocorrendo e pra
piorar o filme vai a cada momento mudando seu rumo pra tentar sempre surpreender, e pra isso se
apoia no fato de que como as coisas não são claras, o público não vai prestar
muito atenção se tudo está fazendo sentido. E na reta final ainda descobrimos
que o longa se trata de um primo pobre(aliás miserável) de Brilho eterno de uma
mente sem lembranças.Porém a verdade é que melhora depois disso.
Tentando
parecer inteligente ao mostrar vários
quadros artísticos, o filme tem pelo menos um momento que me fez refletir muito.
Rosario Dawson aparece
totalmente nua com um corpo de cair o queixo de qualquer ser humano que sente
atração por mulher. E seus poucos pelos, parecem ser uma referência a um período da arte que o protagonista do
filme cita depois.
Já no
final quando uma nova explicação é dada(na verdade um novo truque) é como se
Danny Boyle aparecesse na tela e dissesse: “Viu, te enganei direitinho”.
Mas
apesar de eu ter gostado do desfecho e ter realmente sido surpreendido, isso é
muito pouco para um filme tão chato.
Nota
4
Danny Boyle também não me chama muito a atenção, mas até que fiquei curioso. Principalmente após ler o seu texto.
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