A ideia não é má: Mostrar os bastidores de duas campanhas
políticas e o quanto os candidatos precisam fingir e apelarem para o jogo sujo
pra tentarem vencer a eleição.
Porém, infelizmente, o filme ultrapassa todos os limites do
real, tirando toda a graça que as situações poderiam ter, e creio que nem José
Serra(que em 2010 falou pra meninas bonitas darem mais chances aos rapazes que
votassem nele) seria capaz de tanta
idiotice quanto os candidatos do filme. É difícil acreditar em 90% do que é
visto na tela.
Pra se ter uma ideia, um deles cai nas pesquisas, depois que
uma mensagem obscena dele, deixada por engano em uma secretária eletrônica de
uma família se torna pública. Aí o que o imbecil resolve fazer mais tarde? Lançar
na tv um vídeo quase pornô protagonizado por ele mesmo, e como se isso já não fosse ridículo o bastante, a
estratégia dele ainda funciona. Fica difícil saber quem é mais idiota: O candidato,
os eleitores, o roteirista do filme(meu voto), os atores que aceitaram isso, ou
o público que continua no cinema depois de testemunhar tal cena.
Pra piorar, o filme ainda acha que qualquer cena com
palavrão ou baixaria é naturalmente engraçada e dita pelo mala do Wiil Ferrel, só
piora.
Mas o que evita que o filme se torne pior, é Zach
Galifianakis, que em uma atuação contida, cria um personagem doce e sincero, mesmo
quando está cometendo as besteira que o roteiro exige. Sua fala no fim é quase
comovente. E os outros atores coadjuvantes também funcionam bem.
Mas não é o bastante: No geral é um filme irreal, sem graça
e com final moralista que tenta ridicularizar o mundo político, mas não tem
inteligência pra isso, e não duvido que seus realizadores votariam nos candidatos
apresentados pelo longa.
Pelo menos, tem menos de 1:30 h de duração.
Nota 4