Dos 7 filmes anteriores do diretor Cristopher Nolan, apenas “Insônia”
eu gosto. Os outros 6 eu adoro e o “Grande truque” e “Batman, o cavaleiro das
trevas” são meus favoritos. Dito isso qualquer filme que ele faça, desperta
minha atenção e não poderia ser diferente com
continuação do meu filme preferido dele, que também é uma continuação, e
com isso sei que ele não faria um mero caça níquel.
A má notícia é que o filme está longe de ser tão brilhante
como o antecessor; a boa notícia é que o
filme é ótimo assim mesmo.
A primeira cena já me deixou com saudades de Harvey Dent, um
dos meus personagens favoritos da série. Logo depois uma sequencia brilhante em
um avião, superando até a cena que abre o segundo filme.
E Nolan tem uma habilidade incrível pra filmar. As cenas são
limpas, fáceis de serem entendidas e tem belos enquadramentos e mesmo aquelas
que lembram transformes jamais são confusas.
Porém Nolan não foi infalível aqui. O filme tem um ritmo que
parece arrastado as vezes, a história parece emperrar algumas vezes e tem
momentos que as cenas se repetem.
Mas a força do filme, aliás, da série, está mesmo é no fator
humano. Alfred protagoniza pelo menos 3 momentos memoráveis assim como Gordon
quando não sabe se conta a verdade sobre Havey dente. E todos os personagens
importantes tem seus conflitos internos e motivos para agirem da forma que
agem, não que justifique, mas pelo menos não são vilões querendo dominar o
mundo por pura ambição e nem heróis perfeitos.
E quanto ao roteiro, se por um lado a história não é das
mais interessantes por outro ela é coerente, inteligente e amarra muito bem as
pontas soltas.
E os 20 minutos finais são brilhantes(faz jus ao segundo
filme)e ainda fecha a trilogia muito bem, mas ao mesmo tempo deixa pistas para
que se surgir um novo filme, ele não seja acusado de ser uma mera jogada
comercial pra faturar, como muitos filmes que não tem sentido ter continuação,
mas fazem assim mesmo.
Nota 8